sexta-feira, 31 de outubro de 2008

Lar Dorcas


A instituição Lar Dorcas surgiu no ano de 1998, onde algumas mulheres da Igreja Batista da Lagoinha iniciaram alguns cuidados com as crianças da comunidade da Pedreira Prado Lopes.
No entanto, outras pessoas que foram se envolvendo neste trabalho achou pouco o que estava sendo feito, resolveram então não dar apenas comida, banho e etc, mas também dar educação para todas elas.
Em uma casinha, onde atualmente funciona a creche, foi que tudo começou, crianças da comunidade começaram desde cedo a aprender coisas novas e também a ver um mundo de uma maneira diferente, valorizando a vida, a família e especialmente a DEUS.
No Lar Dorcas é servida de quatro a cinco refeições por dia para as crianças, que chegam na parte da manhã às 07 horas tomam café às 11:30 horas é servido o almoço para quem se desloca para a escola, e mais a tarde é servida a refeição para quem chega da escola e recebem a janta antes de irem embora.
Nos dias 27 e 28 de Outubro as alunas Andressa e Thaline foram ao Lar Dorcas, fizeram as entrevistas com beneficiários, voluntários e responsáveis, no dia 28 com a presença da aluna Laís participamos inclusive da comemoração do aniversário de uma das responsáveis, onde as crianças cantaram, dançaram, comeram bolo de chocolate com o rostinho mais feliz do mundo, tomaram refrigerante e depois voltaram à suas respectivas atividades.
Mais pra frente realizaremos uma palestra para as crianças, falando um pouco do nosso curso, tentando de certo modo, incentivá-los a estudar e chegar a um lugar de sucesso na vida.Deixando de lado a violência, as drogas e outras coisas inúteis que deparamos no decorrer da vida.

quarta-feira, 29 de outubro de 2008

Olha aí os nossos guris


O meu guri
Chico Buarque/1981

Quando, seu moço, nasceu meu rebento
Não era o momento dele rebentar
Já foi nascendo com cara de fome
E eu não tinha nem nome pra lhe dar
Como fui levando, não sei lhe explicar
Fui assim levando ele a me levar
E na sua meninice ele um dia me disse
Que chegava lá
Olha aí
Olha aí
Olha aí, ai o meu guri, olha aí
Olha aí, é o meu guri
E ele chega

Chega suado e veloz do batente
E traz sempre um presente pra me encabular
Tanta corrente de ouro, seu moço
Que haja pescoço pra enfiar
Me trouxe uma bolsa já com tudo dentro
Chave, caderneta, terço e patuá
Um lenço e uma penca de documentos
Pra finalmente eu me identificar, olha aí
Olha aí, ai o meu guri, olha aí
Olha aí, é o meu guri
E ele chega

Chega no morro com o carregamento

Pulseira, cimento, relógio, pneu, gravador
Rezo até ele chegar cá no alto
Essa onda de assaltos tá um horror
Eu consolo ele, ele me consola
Boto ele no colo pra ele me ninar
De repente acordo, olho pro lado
E o danado já foi trabalhar, olha aí
Olha aí, ai o meu guri, olha aí
Olha aí, é o meu guri
E ele chega

Chega estampado, manchete, retrato
Com venda nos olhos, legenda e as iniciais
Eu não entendo essa gente, seu moço
Fazendo alvoroço demais
O guri no mato, acho que tá rindo
Acho que tá lindo de papo pro ar
Desde o começo, eu não disse, seu moço
Ele disse que chegava lá
Olha aí, olha aí
Olha aí, ai o meu guri, olha aí
Olha aí, é o meu guri

Chico Buarque é hoje e sempre um dos maiores compositores da musica popular brasileira ,
mostrando toda sua verve em composições líricas ou de contestamento politico-social. Com num belo exemplo a letra reproduzida acima "Meu Guri " , Chico relata a confissão de um pai que se encanta com seu filho mas ,sendo morador de uma area periférica "o morro", encontra dificuldades de cria-lo, devido as desigualdades e desesperança que esse lugar apresenta.
Seu filho sem perspectiva para o futuro se envolve com a criminalidade, segundo dados do UNICEF, 40% dos jovens de 15 a 17 anos moradores da comunidades populares do Rio de Janeiro, não estão estudando , nem trabalhando formalmente nem procurando emprego. Ainda no mesmo estudo a taxa de homicídios entre jovens do sexo masculino foi de 228,5 para cada 100 mil habitantes. Esse numeros alarmantes crescem a cada dia por isso devemos eleger governantes que se preocupem em defender os direitos de crianças para que esses numeros diminuam.


sábado, 25 de outubro de 2008

ONG's: instrumento de cidadania ?

É curioso como algumas ONG's se recusam a serem visitadas por grupos de estudo(e isto é algo que tem sido frequente neste TIDIR). É no mínimo suspeito que uma organização que deveria servir como facilitador do exercicio da cidadania simplismente se recuse a ser objeto de estudo. Uma ONG séria deveria tornar seu trabalho conhecido, e não dificultar o acesso às suas dependências. Uma ONG não é uma empresa , ela é um orgão sustentado pelos impostos pagos por todos nós, ela deve sim satisfação para a sociedade, não tem o direito de manter suas atividades (ou inatividade) escondidas do público. Com a indústria da solidariedade crescendo, deveria haver mais olhos tomando conta do tão mau gasto dinheiro público.

quarta-feira, 22 de outubro de 2008

Estatuto da criança e do adolescente em quadrinhos



Em 2008 o estatuto da criança é adolescente( também conhecido como ECA) chega a maioridade com seus 18 anos recem completados. Na constituição de 1988,no caput do artigo 227 ( BRASIL,1988) já era previsto que "É dever da família, da sociedade e do Estado assegurar à criança e ao adolescente, com absoluta prioridade, o direito à vida, à saúde, à alimentação, à educação, ao lazer, à profissionalização, à cultura, à dignidade, ao respeito, à liberdade e à convivência familiar e comunitária, além de colocá-los a salvo de toda forma de negligência, discriminação, exploração, violência, crueldade e opressão" , mas isso só veio consolidar o estatuto em sua criação no dia 13 julho de 1990 . No decorrer desses 18 anos vários formatos foram divulgados para facilitar a compreensão e o conhecimento do ECA , no ano de 2006 numa grande iniciativa, o instituto Maurício de Sousa transformou o estatuto da criança e do adolescente em revista em quadrinhos , tornando mais acessível até mesmo para os baixinhos. Utilizando de uma linguagem simples e com ajuda dos personagens famosos da turma da Mônica, o estatuto se torna realmente compreensível aqueles que mais deveriam conhecê-lo: a criança e o adolescente.

Mudança de rota

Infelizmente tivemos alguns contratempos com a ONG anteriomente escolhida, por ser de grande porte teriamos algumas dificuldades em realizarmos entrevistas, fotos e visitas de campo.

Por isso resolvemos mudar de ONG a esta altura do campeonato, pois achamos que o nosso trabalho será melhor com uma instituição mais simples. Hoje as alunas Andressa e Thaline fizeram a primeira visita a instituição Lar Dorcas e se tudo der certo ela será escolhida. Situada na Pedreira Prado Lopes, que surgiu desde 1999 e tem como trabalho mostrar às crianças e adolescentes que elas não precisam sair do mundo em que vivem para viver uma vida melhor e sim tentar mudar a visão de mundo que possuem pela convivência deles na periferia.

Um exemplo claro disso que tivemos em nossa conversa com a Adriana (funcionária da instituição) é de que drogas existem em todos os lugares , porém temos a opção de usá-las ou não, tendo a certeza de que é possível ter uma vida melhor sem ela.

quinta-feira, 2 de outubro de 2008

Cidadania x jovens de periferia


Cidadania (do latim,civitas,"cidade"), é o conjunto de direitos, e deveres ao qual um indivíduo está sujeito em relação à sociedade em que vive onde os direitos no Brasil são regulados pela Constituição Federal.
Dizem que somos cidadãos dignos, mas não é bem assim que funciona a cidadania em nosso país. Porque a cidadania é muito falada, porém pouco praticada. Não basta apenas saber que existe, é necessário fazer uso de ações como, ouvir e respeitar a opinião do próximo, ajudar quando preciso e possível, e outras várias coisas. Muitas pessoas, não possuem conhecimento prévio de seus direitos e deveres, tanto pelo fato de não compreender o que é dito ou pelo simples fato de não ter interesse.

Segundo a constituição, é nosso direito construir uma sociedade livre, justa e solidária; erradicar a pobreza e a marginalização e reduzir as desigualdades sociais e regionais; promover o bem para todos, sem preconceitos de origem, raça, sexo, cor, idade e quaisquer outras forma de discriminação. Mas a desigualdade continua o pobre cada vez mais pobre, o rico cada vez mais rico, roubando direitos dos outros, procurando passar por cima de quem for preciso para alcançar seus objetivos. Com isso, continuamos vivendo em uma sociedade etnocentrista. Existe muito preconceito contra as minorias onde se encontram os idosos, as crianças, jovens de periferia e moradores de rua.
Então em cima desse tema cidadania, recebemos uma proposta de escolher uma ONG que levasse a cidadania a alguma dessas minorias. Optamos pelos jovens de periferia, que é o que mais nos impressiona, até mesmo pelo fato de ser facilmente influenciado para entrar no mundo das drogas ou outras coisas.
Mas não temos o objetivo de mostrar apenas este lado “fraco” dos jovens, queremos mostrar às pessoas, que quando eles têm oportunidade de envolver com o lazer, a educação, a cultura e outras coisas prazerosas e construtivas, eles se tornam pessoas dignas da nossa admiração.
Queremos descrever e analisar o trabalho desta ONG no sentido da promoção da cidadania dos jovens de periferia.